top of page
Buscar
mnm192cg6

MNM - DIA UM - Priscila

Atualizado: 7 de jun. de 2019

Nos encontramos às 6h30 na escola, na quadra da Visconde. Etiquetamos as nossas malas e recebemos as instruções passadas pelo Fepa para a viagem. Dentre elas, fizemos uma política do não uso do celular na viagem, com exceção dos momentos para tirarmos fotos. Com surpresa, descobrimos o lugar que passaríamos primeiro não nos foi apresentado: o Museu Afro Brasil, no Parque Ibirapuera. Não demoramos muito para decidir que a melhor maneira de chegar era ir a pé. Caminhamos e, ao chegarmos, pedimos as orientações de como chegar ao museu para um policial. Chegamos ao museu e descobrimos o motivo de estarmos ali: teríamos um encontro com os Barbatuques, um grupo de percussão que utiliza apenas os sons produzidos pelo corpo. Juntamente com outro roteiro do MNM, começamos com um exercício de integração, um exercício de interação, olhando olho no olho e passando a flecha imaginária de pessoa para pessoa. Rimos e nos divertimos com nossas confusões, roubando a flechas de uns, perdendo suas próprias flechas… . Aprendemos que batemos palmas de maneiras muito diferentes (até percebi que batia palmas de uma maneira diferente da que imaginava!!), aprendemos a fazer sons utilizando nossa boca e aprendemos a usar outras partes do corpo para fazer sons. Terminamos nosso encontro com um exercício de improviso, cada um fazendo um som diferente e juntando todos. Com um apoio da nossa instrutora, Tais Balieiro, conseguimos organizar nossos sons e fazer um improviso incrível!! Fizemos um encerramento com uma palinha da nossa instrutora… apenas incrível!!

Nos reunimos novamente nos roteiros e recebemos nosso novo destino, que já estava pré-planejado: a Estação da Luz! Para descobrirmos qual a melhor maneira de chegarmos, paramos para perguntar informações numa Base Comunitária da Polícia Militar. Descobrimos que a melhor maneira de chegarmos era de ônibus; tínhamos três opções, mas o que parava no ponto mais perto da estação demoraria mais para passar, então decidimos usar uma das outras opções e dar uma caminhada. Paramos no nosso ponto e demos uma olhada ao redor, percebemos o quanto a cidade que nos cercava mudou numa distância tão pequena. Fomos caminhando, fizemos um pit stop rápido para comprarmos bebida e seguimos até a Estação da Luz. Chegando lá, percebemos o quão movimentada é a estação e o quão diferenciada é sua estrutura. Atravessamos a estação e nos encaminhamos para o Museu da Resistência de São Paulo, onde visitamos o Museu Indígena, que apesar de ser muito lindo e trazer muitas histórias, é também um lugar para causar reflexão e não a celebração. É um lugar para refletirmos sobre o que nos trouxe ao que somos hoje e sobre como chegamos aqui. Também visitamos o Deops (Departamento de Ordem Política e Social). Apesar de ter sido uma visita muito interessante, ela teve um ar muito pesado, vendo as celas, os espaços que os presos políticos podiam frequentar, as histórias, as cartas, tudo colaborou para a criação de uma situação muito impactante. Para quebrar um pouco desse clima mais pesado, seguimos a pé até o Teatro de Contêiner Mungunzá. Conversamos com um dos sete artistas que iniciaram o projeto, que o acompanhou desde o começo, quando o terreno onde hoje é o teatro ainda era um estacionamento da Polícia. Ele nos contou um pouco mais sobre como foi conquistar o espaço que tem hoje e como é mantê-lo de pé. Conhecemos um pouco mais o lugar, nos reunimos para uma foto e nos despedimos. Seguimos a pé novamente para o almoço (estávamos famintos!!).  Almoçamos no restaurante do bairro do Bom Retiro chamado Acrópoles. Uma deliciosa comida grega que me deixou sem fome mesmo durante o jantar (quase 7 horas mais tarde!). Quase rolando para fora do restaurante, seguimos nosso roteiro para a Casa do Povo, um espaço de memória e cultura judaica no Bom Retiro. Antes de chegarmos, fizemos uma parada na Oficina Cultural Oswald de Andrade (que lugar incrível!). Já na Casa do Povo, conhecemos um pouco mais sobre o seu funcionamento, a sua cultura, a sua infraestrutura e a sua história. Assistimos a um vídeo que mostrava uma reconstrução digital de como o local era há algum tempo atrás. Quando estávamos saindo, parei para conversar com um Bombeiro Civil - Voluntário, o Jo. Pude entender um pouco mais sobre as diferenças entre um Bombeiro Civil e um Militar, como o fato de ele ser civil e voluntário, podendo cumprir 800 horas de trabalho para tornar-se um Bombeiro Militar, e pude ver o quanto essas diferenças podem ser injustas para um Civil, pois, como trabalha por contrato num ambiente privado, ele precisa de autorização de seu superior para fazer qualquer ação fora do ambiente que está cuidando; se sua autorização for negada, ele não pode agir. Apesar disso ter me entristecido, consegui ver o amor de Jo pelo seu trabalho e o quão dedicado era. A sua disposição comigo e a sua felicidade em falar sobre o seu trabalho alegrou ainda mais o meu dia!

Saímos da Casa do Povo e fomos a pé até a Mesquita do Pari, uma mesquita islâmica xiita. No meio do caminho descobrimos que estávamos com uma pessoa a menos: o Matheus. O Fepa foi ao resgate e seguimos com a Illa e com a Cla. Chegamos e descobrimos que estávamos na mesquita errada, mas pudemos entrar mesmo assim. Pouco tempo depois recebemos indicações de como chegar  na mesquita que deveríamos ir (e já estávamos atrasados!). Voltamos um pouco e chegamos na Mesquita Brasil, uma mesquita islâmica sunita. Lá fomos apresentados um pouco mais sobre as crenças da religião, os preconceitos, os estereótipos e a cultura. Nós meninas, para sermos respeitosas à religião que estávamos conhecendo, usamos um lenço na cabeça para cobrirmos nossos cabelos. Algum tempo depois saímos e já estava escuro. Seguimos para o nosso ponto de ônibus e seguimos para o hotel. Chegando lá, nos sentamos na praça em frente ao hotel. Fizemos um momento de meditação e relaxamento. Lembramo-nos de tudo o que passamos no dia. Discutimos um pouco sobre o que estávamos sentindo e fomos para o hotel para tomarmos banho e jantarmos.

Após o jantar, nos reunimos na nossa sala reservada para sairmos para as oficinas. Me juntei ao grupo 2 da oficina de Parkour. Infelizmente meu joelho não me deixou fazer todos os exercícios, mas mesmo assim me diverti muito!! Voltei esgotada para o hotel e cai na cama!

Se quiser saber mais sobre os lugares visitados, entre nos sites a seguir:

0 visualização0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

5 dicas para 2020

1 - Não se desespere! Parece muito (e não vamos mentir, é muito), mas não é nada que não possa ser feito. Acredite. Vai dar tudo certo. 2...

O Processo

Desde a lista de sala, já tínhamos esse grupo incrível pré formado. O Gabs foi nosso último integrante, a cereja que o bolo precisava....

Agradecimento

Para o futuro, desejo permanecer e sensibilizar. Para antes de morrer. Para o futuro, porque é o único espaço do tempo restante para que...

Comments


bottom of page