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MNM - DIA UM - Giovanna

E enfim chegou o primeiro dia de Móbile na Metrópole…

Antes de falar sobre minha experiência no primeiro dia, vou contar para vocês um pouco do como eu estava me sentindo nessa semana do Estudo do Meio.

Eu não imaginava como poderia ser uma ‘‘viagem’’ para São Paulo, ou melhor, para o que eu achava que era São Paulo. Todos os Estudos do Meio que fizemos, foram viagens em  que, mesmo sendo muito curtas, pude me aproximar de pessoas que eu nem conversava antes e que passavam por mim toda hora na escola. Esse não podia ser diferente… era o último, tinha que ser especial de algum jeito. Não entendia muito como um para SP fosse ser especial, mas adianto a vocês que essa VIAGEM foi uma das melhores experiências que eu já vivi na vida!!

Bom, tentarei colocar em palavras o que foi esse ‘’dia 1’’ e o resto da viagem para vocês, apesar de elas serem extremamente insuficientes para descrever sequer 1 segundo do que eu vivi… Tivemos que estar na escola às seis e meia da manhã. Com toda a ansiedade e o turbilhão de emoções que eu estava sentindo, acordei muito mais cedo do que seria necessário, e assim começou o meu dia.

Ao chegar na escola, entrei em uma fila para etiquetar minha mala com o número do quarto,e depois despachei-a no ônibus as levaria para o hotel. Entrei na quadra ( onde devíamos nos separar em nossos roteiros ) e comecei a procurar algum rosto mais amigo. Encontrei uma das minhas melhores amigas (que curiosamente é a que dividiu quarto comigo) e sentamos no chão, depois outro amigo meu se juntou a nós e ficamos lá conversando até a hora de nos separarmos em nossos roteiros.

Eu fiquei no Roteiro 6 e apesar de não ter nenhum amigo(a) muito(a) próximo(a), foi muito bom me aproximar de pessoas tão incríveis! O Dani, que é professor de geografia, e o Rubão, monitor da Uggi, foram os responsáveis pelo nosso roteiro, por garantir que tudo desse certo e por fazerem, junto com meus colegas, a viagem ser o que ela foi e significar o quanto e tanto que significou pra mim.

Nosso primeiro destino foi o Parque Ibirapuera. Lá, encontramos o roteiro 5, liderado pelo André, professor de Língua e Produção, e fizemos uma oficina de Barbatuques. Você deve estar se perguntando o que é BARBATUQUES. Pois é, num primeiro momento, nos questionamos a mesma coisa, e por isso vou explicar: os Barbatuques são sons que podemos fazer com nosso corpos, os quais muitos descobrimos com a atividade. Foi muito legal e engraçada por sinal.

Depois, nos separamos de novo, e eu e meu roteiro sentamos em uma roda no chão e descobrimos como chegar em nosso próximo destino: o SESC Pinheiros. Pegamos o metrô na Estação de Moema e depois pegamos um trem até Pinheiros. Confesso que nessa hora, me senti meio mal por perceber que nunca havia entrado no metrô de SP muito menos no trem, mas muitas pessoas passam horas nesses transportes para trabalharem e aí já comecei a perceber a cidade e a mim de formas diferentes, eu morava em São Paulo e não conhecia um décimo dela, a bolha em que vivia era tão, mas tão forte e restrita que não só nessa hora, mas em todos os nossos trajetos, me sentia uma turista em minha própria cidade, quer dizer, na cidade em que moro.

Vimos uma exposição de fotos do Cristiano Mascaro e quando estávamos falando com algumas curadoras da exposição, o próprio Mascaro apareceu lá. Foi uma emoção muito grande para todos nós. Conversamos com ele por um tempo e logo depois tivemos de deixar o SESC para almoçarmos e irmos para nossa terceira atividade do dia.

Fomos para o Mercadão de Pinheiros, onde encontramos uma variedade de restaurantes, mas tivemos de escolher entre três. Escolhi PIZZA! Estava excelente!! Acho que todos nós estávamos com muita fome e nos deliciamos muito com nossos pratos. Após alguns minutos, o Roteiro 7, que foi liderado pelo Hugo, professor de física, chegou para almoçar lá também. Nessa hora, encontrei amigos mais próximos e nos juntamos para contarmos uns aos outros as experiências vividas até o momento.

Muito bem alimentados, nosso roteiro partiu para a empresa que aluga salas de reuniões para pequenas startups a Impact Hub. Fomos muito bem recebidos pela Ana, que nos explicou todo o funcionamento da empresa e que nos levou para um tour pelo espaço deles. É muito bonito lá dentro e parece ser bem confortável trabalhar lá.

Depois do Impact Hub, fomos para o Instituto Tomie Ohtake, na Faria Lima, vimos algumas pequenas exposições e logo partimos para o centro de SP, onde visitamos uma ocupação. Esse foi um dos momentos mais marcantes dessa viagem para mim. Antes de chegarmos propriamente na frente do prédio, passamos por um ambulante que gritou para nós ‘’ Bem - Vindos a São Paulo, Welcome to São Paulo!! ‘’ Uou, nesse momento ficou bem óbvio pra mim que não pertencíamos àquele espaço. Moramos em SP e não pertencemos a nenhum espaço que não Moema, já que esse sentimento não saio de mim em nenhum momento da viagem. Um verdadeiro absurdos, não é mesmo? Pois bem, entramos na ocupação. Que choque! Aquela não é só uma ocupação, é o lar, a casa daquelas pessoas. Era extremamente limpa, o que me surpreendeu muito, haviam regras de limpeza por andar e era muito organizada. Conversamos com o Lucio, que nos explicou todo o funcionamento do prédio, nos esclareceu muitas de nossas questões sobre a ocupação em si e o movimento pelo qual muitos dos moradores lutavam.

Depois de sairmos de lá, fomos andando para o perto do hotel e sentamos no chão de um praça para conversarmos sobre o que tínhamos vivido aquele dia. Entramos no hotel, fizemos o check-in e tivemos um tempo para jantarmos para irmos para as oficinas noturnas na Praça Roosevelt. Havia me inscrito para a de parkour, mas havia uma de break e outra de stickers, que era sobre grafite. Foi uma oficina muito, muito legal, estava rodeada de amigos subindo em muros! Ao final das oficinas, voltamos para o hotel, subimos nos quartos fomos descansar. Que dia longo!!


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