Bom, começando o oficial primeiro dia do MNM 2019, encontrei a turma no pátio da Visconde aproximadamente 6:30 da manhã. Não sabia muito o que esperar do dia porque o que nos foi dito era que precisamos conter TUDO em nossa mala, que o nosso dia pode ser completamente imprevisível (o que descobri ao longo dos dias que é um dos principais fatores que fazem o MNM ser tão especial). Os grupos se dividiram, e estava muito feliz por estar no meu, já que era pequeno (poderia conhecer melhor as pessoas) e tinha o professor mais bem humorado ao meu lado (João Cunha). Sentamos perto do portão, e os avisos de como o dia se encaminharia foram ditos. De início, tínhamos que chegar no Ibirapuera (o parque). Por estar localizado do lado da escola, foi muito fácil nos conduzirmos até lá. Ao chegarmos, o grupo 2 estava nos esperando. Fizemos uma oficina de produção de música utilizando somente os sons dos nossos corpos. Foi insano, conseguimos de fato fazer música utilizando apenas nossas mãos.
Em seguida, o nosso se destino se tornou o Copan, edifício muito conhecido em SP. Para isso, ao sairmos do parque, perguntamos para um militar na estacao de onibus, como chegar na republica. O sujeito que evidenciava ser uma pessoa fria, abriu um sorriso e nao so nos explicou o caminho, mas como também parou o ônibus que deveríamos pegar. Fiquei muito impressionado com a disponibilidade que as pessoas têm, mesmo em uma cidade tão grande quanto a nossa. Chegando lá subimos no prédio e tivemos uma visão completamente diferente da cidade. Brincávamos de localizar os pontos que conhecíamos da cidade com o Pedro (monitor de história). Ao sairmos, comemos um lanche numa lanchonete vegana que tinha no térreo do Copan, e então, seguimos para nosso próximo destino, Red Bull Station.
Ao chegarmos lá, fomos recebidos por uma funcionária que nos explicou o conceito do espaço, coworking onde eventos artísticos são realizados. No meio do nosso tour pelo prédio, descobrimos que a nossa guia participava de batalhas de isla (textos normalmente com rimas , que buscam criticar setores da sociedade). Ela conseguiu em 3 minutos arrepiar todos com suas palavras, criticando o preconceito que temos sobre aqueles que possuem um tom de pele mais escuro. Ao final da visita, com todos famintos, fomos para a casa de Francisca, localizado no palacete Tereza (centro), onde um prato muito bonito e bom foi entregue em APENAS 5 minutos. O conceito do restaurante eh muito divertido e moderno, contando com música ao vivo na parte da noite.
De barriga cheia (literalmente), fomos para uma ocupação artística (Centro Cultural Ocupa Ouvidor 63), local que reúne pessoas de diferentes classes sociais que buscam através da arte e do trabalho colaborativo criar uma comunidade auto suficiente dentro do prédio. Conhecemos todos os andares e algumas pessoas que compartilharam a suas experiências de viver de forma colaborativa conosco. O mais impressionante da ocupação eh que pessoas com condições sociais similares a nossa optaram por viver num local onde o dinheiro nao eh o mais importante.
Saindo de lá, após o entardecer, fomos caminhando para o hotel. As músicas das ruas animavam o grupo que foi cantarolando até chegar em uma praça perto do hotel, onde dividimos nossas experiências e aprendizados e fizemos uma sessão de meditação.
Após o jantar fomos os quase 170 para a praça Roosevelt, onde oficinas de break, parkour e stickers foram oferecidas (previamente divididas de acordo com os interesses dos alunos). Particularmente, como estava muito aberto para a viagem, decidi fazer algo novo, e por isso, escolhi o break. Uma experiência que me aproximou ainda mais de meus colegas já que estávamos todos no meio da cidade, dançando ao som alto, rindo dos passos que inventamos. Impossível o dia ter finalizado melhor.
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